sexta-feira, 13 de abril de 2012

Carta da CNBB em Oposição ao Aborto de Crianças Anencéfalas

Por D. José Luiz Majella Delgado, CSsR - Bispo Diocesano

A Conferência Nacional dos bispos do Brasil, logo após a conclusão do julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54, emitiu nota oficial  lamentando a decisão. No texto, os bispos afirmam que "Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso".
Leia a integra da Nota:
Nota da CNBB sobre o aborto de Feto “Anencefálico”
Referente ao julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB lamenta profundamente a decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminalizou o aborto de feto com anencefalia ao julgar favorável a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54. Com esta decisão, a Suprema Corte parece não ter levado em conta a prerrogativa do Congresso Nacional cuja responsabilidade última é legislar.
Os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação (cf.art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, Constituição Federal), referem-se tanto à mulher quanto aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada, todos os outros direitos são menosprezados, e rompem-se as relações mais profundas.
Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!
A gestação de uma criança com anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe. Considerar que o aborto é a melhor opção para a mulher, além de negar o direito inviolável do nascituro, ignora as consequências psicológicas negativas para a mãe.   Estado e a sociedade devem oferecer à gestante amparo e proteção.
Ao defender o direito à vida dos anencefálicos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos, científicos e jurídicos. Exclui-se, portanto, qualquer argumentação que afirme tratar-se de ingerência da religião no Estado laico. A participação efetiva na defesa e na promoção da dignidade e liberdade humanas deve ser legitimamente assegurada também à Igreja.
A Páscoa de Jesus que comemora a vitória da vida sobre a morte, nos inspira a reafirmar com convicção que a vida humana é sagrada e sua dignidade inviolável.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nos ajude em nossa missão de fazer ecoar a Palavra de Deus: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).

+ Dom Raymundo Damasceno Card. Assis
Cardeal-Arcebispo de Aparecida-SP
Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

terça-feira, 3 de abril de 2012

Jubileu de Ouro dos Monges Beneditinos de Mineiros


Neste mês de abril, completam-se 50 anos de presença dos monges beneditinos na cidade de Mineiros. Foi no dia 26 de abril de 1962 que Mineiros parou para recebê-los com uma grande festa. Na visita que haviam feito meses antes, eles notaram o envolvimento do povo na vida da Igreja e também seu caráter hospitaleiro. Este com certeza é um bom lugar para se cultivar o espírito beneditino: este é um bom lugar para se estabelecer um mosteiro.
São Bento, ao escrever sua regra, pede que os monges sejam acolhedores, que recebam o hóspede, o estrangeiro como se recebessem o próprio Cristo nele. Em Mineiros, Dom Matthias, Dom Otto, Dom Estevão e os que vieram depois, puderam fazer a experiência de ser estrangeiro em terra distante, mas aqui o povo já sabia acolher bem o que vem de fora. E assim foram recebidos como Cristo por um povo que o ama.
Durante um período de sua vida, São Bento viveu na solidão, rezando e fazendo penitência. Numa manhã de Páscoa recebeu a visita de um monge e este lhe trouxe alimento e disse: “Come Bento, pois hoje é Páscoa!” São Bento lhe responde que sabe que é Páscoa, pois Páscoa é toda vez que nos encontramos como irmãos. Em Mineiros os monges beneditinos puderam viver junto com o povo a alegria pascal na fraternidade, nas festas, nos encontros, nos trabalhos, na oração, na Eucaristia.
São Bento pede também que seus monges trabalhem. E os monges beneditinos de Mineiros trabalharam muito nestes 50 anos. Foram professores, agricultores, pecuaristas, cooperativistas, ambientalistas, defensores dos direitos humanos, conferencistas, pregadores de retiro, artistas, pesquisadores, biólogos, articuladores de causas e ações sociais e em muitas destas atividades foram pioneiros e promotores de seu aperfeiçoamento, trazendo melhorias para a classe e para toda a região. No entanto, acima de tudo, foram homens de fé, párocos e padres zelosos: dois foram chamados a serem bispos, e nesta missão evangélica empreenderam ainda muitos esforços para organizar comunidades de fé, interdependentes e responsáveis por seu desenvolvimento.
Hoje somos ainda três monges vivendo em Mineiros. Temos ainda dois monges no mosteiro São Bento em Goiânia, na educação de novos monges para a vida monástica. Nunca fomos muitos, mas sempre dedicados ao serviço do Senhor, servindo também ao Seu povo. Celebrando este cinqüentenário, convidamos à comunidade mineirense e toda a diocese de Jataí a entoar conosco louvores a Deus pelas graças recebidas e implorar a Ele que pela sua misericórdia, Sua obra cresça e produza muitos frutos para a Igreja.

Dom Rodrigo Perissinotto, OSB
Sub-prior do Mosteiro São José e Pároco da Paróquia São Bento

Catequese

Por Ana Alves Dundi


Aconteceu no dia 04 de março o Encontro Distrital da Catequese no Centro Pastoral Santo Agostinho, iniciando com a celebração da Santa Missa às 07h00min na Matriz Divino Espírito Santo. Logo após, D. Rodrigo explanou sobre as Urgências da Ação Evangelizadora. Contamos também nesta ocasião com a presença da Ir. Fátima - Coordenadora Diocesana da Catequese. Encerramos com o almoço de confraternização entre as paróquias.

Festa da Colheita


Por João Luís Vasconcelos Machado



Como de costume, a Paróquia São Bento realizou a Festa da Colheita, com missa em ação de Graças ao produtor rural no dia 24/03 e o tradicional almoço no dia 25/03. Celebramos a festa no mês de março em razão da festa do Trânsito de São Bento – festa para a Ordem Beneditina, em especial na Congregação Americano-Cassinense. Os beneditinos celebram duas festas de São Bento: o trânsito, em 21 de março e o nascimento, em 11 de julho. Agradecemos ao casal festeiro, aos patrocinadores e a todos os que participaram conosco. “Que em tudo seja Deus glorificado!” 

Formação para os Ministros da Sagrada Comunhão

Por João Luís Vasconcelos Machado


No dia 23/03/2012 (sexta-feira), após a missa das 19h00min, realizou-se no Salão de Festas da Matriz São Bento mais um Encontro para formação dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. O Encontro - ministrado por Ir. Carlos Alberto Nogueira Filho, OSB - contou com a participação de ministros de várias comunidades da Paróquia. O tema abordado foi a estrutura da Santa Missa e da Celebração da Palavra. Em seguida, D. Rodrigo salientou sobre a importância do ministro no auxílio aos sacerdotes, diáconos e toda a comunidade.






Catequese, Família e Missão

Por D. Rodrigo Perissinotto, OSB


Neste mês que se passou, todas as nossas comunidades estiveram empenhadas no acolhimento das crianças, adolescentes, jovens e adultos na catequese. Tem sido muito bonito ver o empenho e dedicação das famílias em buscar e testemunhar a fé às novas gerações. Percebemos com alegria o aumento do número de crianças na catequese infantil (5-8 anos), muitas turmas com as próprias mães como catequistas, mas também as turmas de catequese com adultos cresceram. Percebemos um maior envolvimento e desejo das pessoas em conhecer e testemunhar a fé, isso por si já é um sinal maravilhoso da ação de Deus em nossas comunidades.


Todo começo é tempo propício para vislumbrar e preparar o caminho que será percorrido. Assim vale ressaltar que nossa catequese tem se empenhado em construir um Itinerário Catecumenal. Isso significa que desejamos que a catequese deixe de ser um “curso” para receber os sacramentos, mas seja um caminho no qual, ao caminhar, vamos tomando gosto pela estrada. A estrada é nossa fé em Cristo ressuscitado. A catequese terá cumprido sua missão se ao final de cada percurso aqueles que o concluírem olharem para frente e desejarem continuar caminhando. Contudo isso só será realidade se todos se empenharem em construir o caminho. Assim é preciso que a família e a comunidade se empenhem em num mesmo propósito de evangelizar. Aquilo que foi aprendido na catequese precisa ser praticado em casa. Com a Família e a Catequese se ajudando na missão de evangelizar, a Páscoa acontecerá todos os dias em nossas comunidades.